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A ventilação transversal (natural) processa-se entre as fachadas nascente e poente e é garantida por meio de folhas de vidro basculantes, situadas na parte superior dos envidraçados e nas paredes exteriores.
Os espaços exteriores compõem-se por uma área de recreio coberto, uma área de recreio descoberto, e uma área revestida a lajetas de borracha reciclada onde se prevê a colocação de brinquedos. Considerou-se a plantação de duas árvores (amendoeiras) que estão adaptadas ao clima local.
Formalmente o edifício compõe-se de dois corpos paralelepipédicos que se intersectam. O corpo de maiores dimensões corresponde às áreas úteis e apresenta-se opaco e pesado, o corpo de menores dimensões corresponde à caixa de escadas e restantes circulações e está desmaterializado, destacando-se claramente do corpo principal. A fachada voltada a poente combina duas metades complanares: uma clara e opaca apenas marcada por um rasgo horizontal e outra que corresponde aos envidraçados de aparência mais sombria, rectângulo escuro sobre o qual se desenham as linhas horizontais dos brise-soleils.
Procurou-se a combinação entre uma linguagem clara e sóbria com apontamentos lúdicos que tornem o edifício mais próximo do universo das crianças e estimulem a sua criatividade. Esse esforço traduz-se no recurso a figuras geométricas que lhes são familiares (círculos, triângulos, quadrados, rectângulos e linhas) na definição de vãos e no uso pontual de elementos coloridos.
A segurança das crianças foi um critério determinante para o desenho do edifício e escolha de materiais, assim como a contenção de custos e a concretização de objectivos formais atrás expostos.
autoria: João Ornelas
colaboração: Cristiana Esteves |
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